O Coliseu Romano, também conhecido como Anfiteatro
Flaviano, foi construído no período da Roma Antiga entre 70 e 90 d.c.. Foi
construído a leste do Fórum Romano e demorou entre oito a dez anos para ser
concluído. A obra foi iniciada por Vespasiano, inaugurada por Tito, seu filho e
concluída por Domiciano, seu outro filho. Por isso seu nome original era
Anfiteatro Flaviano (da Dinastia Flaviana). Vespasiano construiu esse
anfiteatro onde antes era o Palácio de Nero, com a intenção de cativar os
romanos e mostrar seu poder. O nome Coliseu veio mais tarde, devido a estátua
colossal do imperador romano Nero, que ficava perto da edificação.
Ele era usado para diversos espetáculos, como caça
de animais, lutas entre gladiadores, peças de teatros com cenários reais e até
de batalhas navais (onde o Coliseu foi
inundado propositalmente por dutos subterrâneos alimentados por aquedutos) .
O Coliseu é conhecido como maior símbolo da cidade
de Roma e um dos melhores exemplos de sua arquitetura, apesar de ter sofrido
forte influência da arquitetura grega. Segundo E.H. Gombrich (1993) "essa
combinação de estruturas romanas com formas ou ordens gregas, teve uma
influência enorme sobre os arquitetos posteriores... A mais importante
característica da arquitetura romana é o uso de arcos. Essa invenção não teve
tanta importância nas edificações gregas."
Em 2007, o Coliseu foi considerado uma das sete
Maravilhas do Mundo e até hoje é uma das principais atrações turísticas de
Roma. Foi considerado também, Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Ninguém
sabe ao certo quem projetou o Coliseu Romano. Em forma elíptica ele tem cerca
de 48,5 metros de altura, 189 metros no maior de seus eixos e 156 metros no
menor. Foi construído com tijolos, blocos de tufa (pedra calcária), concreto e
mármore travertino.
Originalmente, era capaz de abrigar 45000 pessoas.
Dois séculos depois seu espaço foi ampliado para caber 90000.
A fachada impressionava pela riqueza de acabamento.
Diferentes colunas foram usadas na sua arquitetura. Dóricas no piso térreo,
jônicas no primeiro andar, coríntias no
segundo e janelas retangulares no último pavimento. Cada um desses pavimentos
tinha oitenta arcos, com cerca de 7 metros cada um. A fachada ainda era
decorada por centenas de estátuas de bronze.
Eram usadas na época, coberturas retráteis, presas a
240 mastros, que podiam ser abertas ou fechadas, para proteger os espectadores
do sol. As arquibancadas eram divididas em diferentes setores, conforme a
posição social das pessoas: o podium, para a classe alta, a maeniana para a
classe média e os pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres.
A arena, que media 87,5 x 55m, possuía um piso de
madeira, sob o qual existia um nível subterrâneo com celas corredores, jaulas e
rústicos elevadores.
Havia uma política, herdada de Otávio, que ficou
conhecida pelos historiadores como "Pão e Circo", que oferecia várias
opções de diversão a população de Roma. Com essa política os líderes acalmavam
a insatisfação dos pobres e ocupavam seu tempo, desviando a atenção dos
problemas econômicos. E a distribuição de trigo pelo governo diminuía a fome. O
também o Coliseu não deixou de ser usado para esse fim.
Mais uma vez na história da humanidade, o poder de
persuasão da arte é usado por um líder para iludir seu povo. O Coliseu oferecia
diversão e entretenimento e mascarava a real intenção política. Foi um enorme
instrumento de propaganda e difusão da filosofia da civilização romana.
A profecia do historiador e monge inglês Venerável
Beda, séc VII, " Enquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá;
quando o Coliseu cair, Roma cairá e se acabará o mundo", mostra o tamanho do significado que o Coliseu
representou e representa até hoje para Roma.
GOMBRICH, E.H. A História da arte. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2009.
DREGUER, RICARDO. História - Cotidiano e Mentalidades. São Paulo: Atual Editora, 2000
JANSON, H. W. e A. F. Iniciação à História da Arte. São Paulo. Martns fontes, 2007.
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